segunda-feira, abril 28

Me encontra

Eu tive um blog antes do Quinta Nebulosa. 
Ele funcionava como um diário pra mim. Por isso eu sempre escrevo sobre coisas bem pessoais aqui, como um diário.
Mas deu uma vontade de mudar, sabe?

Há um tempo eu cismei em me definir. Mas que coisa mais sem graça essa de colocar contornos em torno de alguém tão etérea como eu! 

Então me permito fazer mais esse post com tom pessoal. Mais uma vez, desabafo nesse teclado...


*

Segunda-feira, 28 de abril de 2014.

Cara, hoje é aniversário do meu primo Thiago. Aquele com quem eu não falo desde que meus pais se separaram. E por quê eu me lembro do aniversário dele? Não sei. Mesmo.

Andei estranha, doente e frágil.
Senti solidão. Senti medo. Senti vontade de voltar pra casa. E voltei.
Descobri que minha mãe não é a mais carinhosa de todas as mães, mas é uma das mais sábias e maduras que eu conheço. Ela é uma rocha inabalável. E foi nela que eu me apoiei depois de ter brigado tanto com essa pessoa que só queria o meu bem incondicionalmente.

Tive um medo danado de morrer. Nunca tinha sentido isso antes. E eu tenho o péssimo hábito de me isolar quando tenho problemas ou quando fico meio deprê.
Fico lá quietinha esperando passar. Como se alguém de fora viesse e soprasse essa angústia no meu peito pra bem longe de mim...
Óbvio que não é assim que se resolvem as coisas.
Tenho poucos, bem poucos mesmo, amigos. E nessas horas, nem sei como eles me aguentam. E nem sei como eles não desistem de mim. É um milagre chamado amizade.

Minha auto imagem passou de um tamagoshi para uma samambaia. Ganhei vida. E isso é bom.

Senti saudade de escrever. Mas não sabia como. Mas só tem um jeito: praticando.

Ainda tenho mania de fazer listas.
Tenho mesmo gosto musical distorcido. Agora, tô na vibe indie.
Ainda detesto facebook. Argh!
Ainda tenho medo de comer em público.
Continuo entortando as pernas e falando demais quando fico nervosa.
Não desisti do francês. 
Do curso, eu quero dizer. Do carinha francês, eu já sabia que não ia dar em nada mesmo. C'est la vie.
Comecei a frequentar manicure/pedicure. E a gostar de maquiagem. Será que tô virando uma garota?

Minha estante está repleta de livros que eu não li.
Minha agenda está cheia de planos que eu não consigo executar.
Minha carreira está estagnada por minha exclusiva culpa.
Mas meus pensamentos, ah, esses continuam vastos e inalcançáveis...

Eu continuo a mesma e tão diferente...

Um desejo: escrever mais e sobre coisas variadas. 
Será que eu consigo realizar mais esse? 
Espero que sim. 
Por isso me despeço com um

Até breve!

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