quinta-feira, março 12

Me ignore

A manhã de hoje é atípica.
E isso me faz querer escrever sobre algo mais pessoal.


Há muito tempo, desde que eu me entendo por gente, descobri que eu era o ponto fora da curva. E nos anos 90 isso significava ser errada. Muito mesmo.
Então eu passei os últimos 20 anos tentando ser normal.
E consegui. Um pouco, pelo menos.

Daí eu eu descobri, que nos anos 2000 ser normal é pouco. A moda agora é ser você mesmo. Mas não pode copiar ninguém, senão fica feio.

De 2010 pra cá eu aprendi uma valiosa lição: ser quem você é não é igual a quem você quer ser.
Isso me causou um stress horroroso. Dias a fio em terapia. Sessões de filmes melosos e playlists variadas tentando dar a trilha sonora do meu drama particular. 

Ser normal é chato. E muito caro.

Bom, eu continuo o ponto fora da curva. Mas agora eu sei que a curva se move. Isso faz com que eu me mova também. Pra bem longe dessa linha pegajosa e sem graça.

Não quero mais ser igual a ninguém. E nem quero ser meu modelo mental. Dá muito trabalho. Cansei.

Passo meus dias fugindo da rotina que eu planejei pra mim. Sou a contradição em pessoa. Signo dragão com ascendente em cachorro, o signo oposto. Sou geminiana com ascendente em capricórnio, ou seja, um signo porra louca com um signo certinho. Às vezes sou. Às vezes não. 
A dualidade cansa. Ainda mais quando é tão intensa assim.

É difícil demais explicar o que se passa na minha mente.
Se Jennifer Lopez tivesse entrado na minha cabeça (como fez no filme "A Cela"), ela não saía viva. Certeza. Não ia encontrar o caminho de volta.

Eu posso justificar com um monte de coisas.
Mas isso seria dizer que meu jeito inconstante, porém rígido é errado. E eu descobri a pouco tempo que não tem nada de errado com isso.

Eu não sei fazer poesia. Mas procuro meus sentimentos naquilo que leio.
Alguém me disse que eu me expresso bem. Sei não.

No meu último teste de personalidade, me apontaram como ativista: charmosa, independente, energética e compassiva. Faço parte de 7% da população. Talvez isso explique muita coisa.

Eu realmente me importo com o que as pessoas pensam. Mas sou forte o bastante para ignorar algumas delas. Ou às vezes estou só distraída mesmo. Daí é mais fácil cair na desculpa social de "estou trabalhando-estudando-vivendo-minha-vida-sem-tempo-bora-marcar-de-se-ver-beijo-me-liga". Estamos programados nos justificar a todo tempo e pra aceitar isso numa boa.

Sim, eu sou desligada. Sempre chego atrasada. Presto atenção em detalhes que ninguém se importa (talvez só 7% da população ligue pras mesmas coisas que eu). Tenho pressa pra chegar em lugar nenhum.
Não sei seguir mapas. Sou intuitiva ao extremo. Não gosto de pessoas que reclamam o tempo todo.
Política me deixa com dor de cabeça. Rezo melhor quando falo em voz alta. Penso muito. Penso demais. Hã?

Ei, porque tô falando tudo isso mesmo? Eu devia estar estudando...

Pelos próximos 21 dias, vamos ver o que vai ser.

***


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